Disidrose ou Desidrose: eczema ou dermatite disidrótica

Dermatite Crônica das Mãos e Pés

Disidrose é uma erupção com bolhas pequenas (vesiculante) de pés e mãos (mais nas palmas das mãos e plantas dos pés) de caráter agudo, crônico ou recidivante. Afeta ambos os sexos, com maior incidência entre os 20 e 40 anos de idade, com freqüente associação ao estresse emocional ou sudorese aumentada nas mãos e pés, principalmente nos meses de verão.
Em geral, na disidrose verdadeira, a causa é desconhecida. Às vezes existe uma erupção disidrosiforme onde se detecta claramente a causa: por dermatite de contato ou atópica, reações medicamentosas e mícide disidrosiforme (reação imunológica à distância de uma micose).

Possíveis causas:
A disidrose pode ser devida a vários fatores, que podem atuar de forma isolada ou em conjunto. Em alguns pacientes a causa não é estabelecida, sendo estes casos denominados idiopáticos.
As principais causas que podem desencadear ou agravar a disidrose são:
- Distúrbio funcional das glândulas de suor,
- Fatores emocionais e estresse,
- Infecções fúngicas,
- Determinados medicamentos, como por exemplo, penicilina.
Além disso, a disidrose pode se associar à dermatite atópica ou a dermatite de contato.
Clinicamente observam-se bolhas pequenas (vesículas) claras, profundas, com uma área avermelhada de base, nas palmas das mãos e nas partes laterais dos dedos em 80% dos casos. Outros 10% têm envolvimento também na planta dos pés. Apenas 10% têm só envolvimento plantar.
Os surtos de lesões são de aparecimento abrupto, com sensações de calor e coceira, às vezes precedendo os ataques. Posteriormente pode haver descamação, secura e crostas. As unhas podem tornar-se distróficas (alteradas clinicamente). As lesões podem se dolorosas se houver infecção ou rachadura nos locais atingidos.
Como, em geral, é uma doença de causa desconhecida, torna-se necessário um diagnóstico bem detalhado para tentar detectar a causa ou os desencadeantes do processo. É feita uma história detalhada (de relações com os surtos), exame das lesões e exames complementares, se necessário. Se a causa for detectada, eliminá-la, se possível.
A maioria das crises tem resolução espontânea no período de uma a três semanas. O intervalo entre os surtos pode ser de semanas a meses. Entretanto, como a disidrose pode ser sintomática, algumas medidas tais como alívio destes sintomas e proteção local, podem ser necessárias, além da medicação tópica (na lesão) mais adequada, dependendo se o quadro for agudo (com lesões úmidas) ou crônico (com lesões secas).
Casos raros mais graves exigem tratamento por via oral. O paciente deve ser orientado se a doença é agravada por estresse ou sudorese abundante.
A dermatite de contato, um tipo de dermatite crônica das mãos, geralmente tem sua causa na irritação provocada por substâncias químicas (p.ex., sabões) ou por luvas de borracha.


A ponfólige, um distúrbio crônico (de longa duração) que causa a formação de vesículas pruriginosas nas palmas das mãos e nas laterais dos dedos, também pode ocorrer nas plantas dos pés. Freqüentemente, as vesículas são descamativas, vermelhas e secretantes. A ponfólige é algumas vezes chamada de desidrose, o que significa “sudorese anormal”, mas esa doença não tem qualquer relação com o suor. A infecção fúngica é uma causa comum de erupção cutânea nos pés, especialmente as pequenas vesículas ou erupções cutâneas vermelhas e profundas. Algumas vezes, o indivíduo com uma infecção fúngica crônica nos pés apresenta uma dermatite nas mãos decorrente de uma reação alérgica ao fungo.
O tratamento da dermatite crônica depende de sua causa. Na maioria dos casos, o melhor tratamento consiste na eliminação da substância química que está irritando a pele. Os cremes de corticosteróides podem ser aplicados para tratar a inflamação. As infecções bacterianas que podem ocorrer nas lesões abertas da pele são tratadas com antibióticos. Quando a causa dos sintomas é um fungo, é prescrito um medicamento antifúngico.