Umidificadores de ar são alternativas
para amenizar o ar seco; entretanto, deve-se atentar ao correto uso dos
aparelhos
Uma série de fatores interfere na
qualidade do ar que respiramos, em especial a temperatura, umidade e quantidade
de poluentes. O ideal para o sistema respiratório seria uma umidade relativa do
ar entre 30% e 60%. Quando mais baixa que isso, inúmeros sintomas começam a
aparecer, como ressecamento do nariz e garganta, pele mais seca, sangramento
nasal, irritação nos olhos, entre outros.
“Quando o tempo está seco, não há
dispersão dos poluentes atmosféricos que ficam suspensos no ar, já que só a
chuva dispersa tais poluidores”, afirma a dra. Valéria Martins, diretora da
Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). “Além disso, o
agrupamento de pessoas em locais fechados aumenta ainda mais a disseminação de
infecções respiratórias.”
Prevenção
Gripe, resfriado, rinite, asma e
bronquiolite são as patologias mais comuns em épocas de tempo seco, conforme a
especialista. Entretanto, há simples formas de prevenção, como manter uma boa
hidratação; procurar não praticar atividade física nos horários de baixa
umidade do ar; manter a casa e o ambiente de trabalho sempre arejados, evitando
as aglomerações e também as pessoas infectadas.
“Para as pessoas que infelizmente já
contraíram o vírus, é indicado que se lave bem as mãos sempre que possível e
que se faça o uso de lenços descartáveis, tentando sempre evitar que a doença
seja transmitida aos outros.”
Outras importantes medidas preventivas
envolvem a aplicação de vacina da gripe, especialmente para grupos de risco;
levar sempre um agasalho consigo, já que o clima atualmente costuma ser
instável; tomar cuidado com aparelhos de ar-condicionado, que devem estar
sempre com o filtro higienizado; e manter essencialmente uma boa alimentação.
Hidratação do ar
O aparelho respiratório só consegue
desempenhar bem sua função em condições de umidade adequadas, por isso a
necessidade de hidratação do ar. A falta de umidade pode não só provocar o
ressecamento das vias aéreas, como dificulta as trocas gasosas, favorecendo a
aspiração de microorganismos indesejáveis como vírus, bactérias e fungos.
“Para que a qualidade do ar melhore, é
indicado o uso de umidificadores ultrassônicos – recomenda-se a utilização de
água destilada, que contém baixa concentração de minerais e ainda conserva o
aparelho – de duas a três horas antes de dormir. Alguns modelos são
interessantes, pois monitoram a umidade relativa do ar, ligando e desligando
automaticamente para manter o nível ajustado.”
Segundo a pneumologista, não é aconselhável
deixar o aparelho ligado durante a noite inteira, pois o uso excessivo de
vaporizadores pode levar a uma umidificação exagerada do ambiente, produzindo
mofo em cortinas, tapetes e almofadas, que também ocasionam danos à saúde
respiratória.
“Além dos aparelhos umidificadores,
medidas ecológicas como o plantio de árvores, reciclagem de lixo e a adoção de
veículos automotores que poluam menos o meio ambiente devem ser levadas a sério
e em consideração tanto por entidades governamentais quanto pela sociedade em
geral”, finaliza dra. Valéria.